De forma despretensiosa, mas assertiva, que não se compadece com o que é politicamente correcto, socialmente comungado a alta voz, mas que silencia o silêncio que fala. Através da diversidade das vozes e das experiências que as introduzem, pretendemos convocar e provocar um debate permanentemente adiado ou introduzido por outras vozes.
GENERAL D
Nasceu em Moçambique, em 1971. Encontrou no rap a sua forma de expressão e, em 1990, organizou o primeiro festival do género em Portugal, no Incrível Almadense, em Almada, iniciativa que contou com a participação de vários ícones da cultura urbana portuguesa da época, como os Black Company, os Líderes da Nova Mensagem, ou os African Power. Alguns anos depois, General D torna-se o primeiro rapper nacional a assinar um contrato discográfico.
CULTURA E DIVERSIDADE OU COMO DAR VOZ E LUGAR À DIFERENÇA
MANUEL SANTOS
aka Nelo Santos nasceu em Angola, em 1971, e reside em Lisboa. Formou-se em Sociologia, no ISCTE, e em História, no Instituto Superior de Ciências de Educação da Universidade Agostinho Neto e no Centro Universitário de Benguela. Foi jornalista durante quinze anos com interesse especial na área cultural, na Rádio Morena Comercial-Benguela, Emissora Provincial de Benguela, Rádio Nacional de Angola, entre outras. Trabalha com Organizações Não-Governamentais e está envolvido em projectos sociais, académicos e culturais.
CIDADE, IDENTIDADE E COMUNIDADE: O GUETO NÃO É UM ACIDENTE
LBC
Rapper e activista cabo-verdiano, vive na Cova da Moura, Amadora, desde 2002. Começou a escrever as suas primeiras rimas quando tinha catorze anos. Através do hip-hop, em que é conhecido por L.B.C. Soldjah (Luta Bu Consegui/Luta Bu Conquista), tem feito uma leitura crítica da sociedade e usa o hip-hop como ferramenta para a consciencialização e emancipação. Integra vários grupos de artistas e activistas como Nóz Ki Nási Ómi Ki Ta Móri Ómi e Plataforma Gueto. Tem dois trabalhos publicados Lágrimas de Sangue e V2D (Vencidoriz de dificuldadiz, Destinadu a vensi).
É POSSÍVEL SER AFROLISBOETA?
JOACINE KATAR
Natural da Guiné-Bissau, tem 32 anos e vive em Lisboa. É licenciada em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE e mestre em Estudos do Desenvolvimento. Actualmente, é doutoranda em Estudos Africanos no Instituto Universitário de Lisboa. As investigações que tem desenvolvido abordam sobretudo questões de relação de género, desenvolvimento, Estado, política e poder na Guiné-Bissau. Tem participado em projectos e iniciativas nas mais diversas áreas, paralelamente às actividades académicas
e de intervenção sociocultural.