Será que houve uma verdadeira ruptura com o passado e com todas as suas heranças? Qual a razão da manutenção de mitos e de temas tabu? Existe paternalismo e tutelismo do outro ou um novo discurso com roupa velha?
Com os temas propostos pretende-se provocar a reflexão sobre o que, comodamente, continua a aguardar um debate urgente.
GENERAL D
Nasceu em Moçambique, em 1971. Encontrou no rap a sua forma de expressão e, em 1990, organizou o primeiro festival do género em Portugal, no Incrível Almadense, em Almada, iniciativa que contou com a participação de vários ícones da cultura urbana portuguesa da época, como os Black Company, os Líderes da Nova Mensagem, ou os African Power. Alguns anos depois, General D torna-se o primeiro rapper nacional a assinar um contrato discográfico.
ÁFRICA E OS AFRICANOS EM PORTUGAL, ENTRE MITOS E REALIDADE
MARIA PAULA MENESES
Natural de Moçambique, é mestre em História pela Universidade de S. Petersburgo (Rússia) e doutorada em Antropologia pela Universidade de Rutgers (E.U.A.). É investigadora coordenadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e integra o núcleo de estudos sobre Democracia, Cidadania e Direito. Lecciona em vários programas de doutoramento do Centro de Estudos Sociais, sendo co-coordenadora do programa de doutoramento em Pós-colonialismos e cidadania global. Os livros e artigos que tem publicado em vários países, bem como os temas de investigação, abordam questões como o pós-colonialismo, questões jurídicas e processos identitários no contexto africano.
DESCOLONIZAR A HISTÓRIA, UMA URGÊNCIA
ANA PAULA TAVARES
Oriunda de Huila, Angola, é poetisa e historiadora. É mestre em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Coordenou o Gabinete de Investigação do Centro Nacional de Documentação Histórica em Luanda. Actualmente é docente na Universidade Católica e colaboradora da RDP África, onde apresenta uma crónica semanal sobre História, Literatura e Cultura. Integrando a Geração de 80 – a novíssima geração –, é uma das vozes femininas angolanas que tem, desde sempre, manifestado uma grande preocupação com a condição da mulher no seu país.
COMO E PORQUE O RACISMO SOBREVIVEU AO 25 DE ABRIL
SÉRGIO DUNDÃO
Natural de Luanda, é licenciado e mestre em Ciência Política e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, tendo desenvolvido a tese Conflito Armado e Construção do Estado: Uma comparação entre Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.
Faz parte da Plataforma Gueto e dedica-se à questões da situação social e política dos negros em Portugal e da relação do Estado português com estas comunidades, as desigualdades que dela advêm, de que são exemplo os moradores e crianças do bairro de Santa Filomena, Amadora. Actualmente, lecciona no Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais em Angola.